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Escute bem;
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Um dia, acreditei que o amor estava na maneira como enxergamos as coisas, e embora eu bata na tecla de que o amor não exista apenas romanticamente, mas também por situações, gostaria de reforçar que o amor também se encontra em circunstâncias e consequências. Osho dizia que, se você ama as flores, não deveria colhê-las, e apesar de concordar, há os acréscimos de um poema que só descobrimos com as próprias vivências.
No amor, há um passado, um presente e um futuro. Vivemos no presente, e deveríamos zelar pelo agora, mas o passado deveria ser fruto de crescimento para que o amanhã não se tornasse um flashback de quem fomos um dia. Se você não colhe uma flor, ainda assim se torna responsável por regá-la, pois o amor também é constância, e não apenas na beleza de um arranjo de flores. Eu sei que as flores têm prazos de vida, mas também sei que para tudo há um prazo e um recomeço.
Decidimos plantar, regar, cuidar, acompanhar a evolução, cientes de que há um fim. Há quem poda antes e nunca mais vê crescer, há quem nem sequer planta, mas ainda há variáveis e os perdidos que plantam, esperam o crescimento, mas sem todo o processo de vitaminas e irrigações. Então podemos afirmar que o amor não está somente na poda? As variáveis me fazem perder horas pensando em vários “e se” sobre o que deveria ou não ter sido feito para que eu tivesse uma boa colheita, ou então, um bom crescimento.
Eu sei que tudo tem um prazo de validade, mas por que os frutos gerados em primaveras se tornam podres durante os outonos e invernos? Há pesquisas que afirmam que as palavras influenciam o crescimento de algumas espécies, e será que isso não se aplica ao meu conceito do que é amar? Enfim, ainda ecoam perguntas e mais perguntas aqui dentro e, talvez, algumas respostas nunca se tornem respostas de fato: algumas pessoas nem gostam de botânica, no fim das contas.

Posted 12/6/2025, 8:00 PM