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Doce e sexy ronco do motor

Anninha ainda estava com o gosto do beijo de Josh nos lábios e seus fluidos misturados com o dela. A madrugada tinha sido daquelas: suor, sorrisos e promessas ditas ao pé do ouvido. Eles dois tinham um jeito só deles de se amarem: intenso, meio louco, mas com paixão além dos limites.

Quando acordou sozinha, sua primeira reação foi achar que ele só tinha ido buscar pão e café. Mas em vez disso, sobre a mesa, um bilhete escrito à mão:

Meu amor, volto logo. Confia em mim. Vai ser inesquecível. PS: olha pro céu às 10h. Te amo mais do que minha própria vida.

Ela soltou uma risada um pouco mais alta, balançando a cabeça. Josh e seus mistérios. Era assim desde o começo. Do tipo que aparece com um presente sem data, um buquê roubado de jardim alheio, ou um plano maluco de fim de semana sem rumo.

O relógio bateu 10h, e Anninha correu pro quintal, curiosa.

De repente, ela escutou o ronco grave de um motor cortando a tranquilidade da vizinhança. O som ficou mais forte, mais próximo. Até que ele apareceu, deslizando com uma Harley-Davidson reluzente, preta, mais cheirinho de nova, impossível.

Josh tirou o capacete com um sorriso de criança que acabou de ganhar o mundo.

- Amor… conheça a Vênus Negra!

Anninha arregalou os olhos, meio surpresa, meio excitada. Ele estacionou, tirou uma pequena caixa do bolso da jaqueta de couro e entregou a ela.

Dentro, um chaveiro com duas chaves, uma da moto e uma outra menor, com um papel enrolado.

Ela leu:

Um quarto alugado na serra pra essa noite. Só nós dois. Eu, você, a Vênus Negra… e o luar. Topa?

Annabel mordeu os lábios, bem safada como ela mesma sabe fazer, e sorriu com aquele olhar que só Josh conhecia.

- Só se você deixar eu pilotar na volta.
- Na moto ou em mim? - ele piscou.
- Nos dois - Anninha sorriu, enigmática e sexy

Ela sabe que essa viagem renderia loucuras e mais loucuras.