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Casei com o amor da minha vida!

Dizem que no dia do casamento o noivo fica nervoso.
Eu não fiquei.

Acordei achando que tinha nascido com uma malemolência inédita — uma mistura de galã de novela, mestre do samba e homem que sabe não ficar nervoso no dia do casamento. Pura ilusão.

Cheguei ao local da cerimônia tentando andar com a elegância de quem nasceu sabendo. Os padrinhos riam, os convidados observavam, o DJ testava a música, e eu só pensava: "Por favor, Kobe, não me deixa tropeçar!”

Então a música começou. Aquele primeiro acorde que faz qualquer noivo esquecer respirar por dois segundos. Eu virei.

E foi aí que — juro por tudo — o tempo decidiu parar. Assim, sem pedir licença.

Ela apareceu. Linda. Radiante. Com aquele charme natural que faz qualquer um acreditar que existe, sim, uma categoria secreta chamada "malemolência premium". E nessa ela ganhou a medalha de ouro.

Enquanto ela caminhava, eu tive certeza que a minha função ali era ser apenas o coadjuvante apaixonado da cena mais bonita da minha vida.

O coração batia acelerado, minhas pernas tremiam discretamente, como se estivessem recebendo instruções contraditórias. E minha única meta era simples: não tropeçar.

Quando ela chegou perto, me olhou sorrindo daquele jeito que diz "é nós", sem nem precisar falar. E naquele instante, segurando sua mão, eu entendi uma coisa bonita demais: Não era só o tempo que tinha parado. Era eu, congelado de amor, admirando o começo da nossa eternidade — atrapalhada, divertida, encantada, cheia de risos e daquele charme que só ela tem.

Se casamento é escrever uma nova história, então esse foi o primeiro capítulo perfeito: eu tentando ser elegante, ela brilhando naturalmente, e nós dois rindo da vida… prontos para dançar juntos com toda a malemolência que Kobe nos deu.

Eu te amo, He-Ran. Sempre e para sempre.