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O dia em que fumei meu aromatizador
Bice caçava zumbis na cripta, equilibrando uma espada de brinquedo numa mão e o selolá na outra, quando parou de repente, bem no meio da escuridão.
— Oxente, Bice, concentra no zumbi, mulher! — gritou Jay, espiando por trás de uma lápide, com cara de quem já se arrependia de ter vindo.
— Calma, Jay! Tô só dando uma olhadinha aqui nesse selolá... Tô escolhendo um número aleatório pra passa trote. Vamos ver quem atende dessa vez!
Com um dedo ligeiro e um olhar sapeca, ela apertou "ligar", como quem sabe que o caos está prestes a começar.
— Alô, aqui é da polisia, seu gato foi visto dirigindo um trator sem habilitação!
Do outro lado, um silêncio... seguido de um "minha senhora, nem gato eu tenho!" Bice caiu na gargalhada, quase deixando um zumbi morder o seu coturno de combate.
Jay, incrédulo:
— Tu tá apostando a vida com zumbi pra passar trote, é isso?!
— Tô sim. Apostei comigo mesma que consigo derrotar três mortos-vivos antes da próxima ligação cair na caixa postal.
E assim, entre uma gargalhada e outra, ela cortava zumbis e apostava com a própria sombra, tratando o apocalipse como um jogo maluco de azar e sorte.
No fim da noite, com a cripta limpa, o selolá quase sem bateria e Jay exausto, Bice decretou:
— Amanhã a gente volta... Daí eu vou passa trote pro submundo. Espero que Melvin atenda, aquele paliaso!
E sumiu na neblina, deixando pra trás o eco da sua risada — e uma lixeira cheia de números bloqueados.
Jay ainda conseguiu ouvir Bice de longe, a voz dela se perdendo entre os ecos da cripta:
— Minha Kobe do séu! Me espera no além que eu vou passa trote até nas entidades!
E então, só restou o silêncio, o cheiro de enxofre... e um selolá pedindo recarga.
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Posted 4/23/2025, 2:00 AM