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[Relatos de viagem] A vida em off;
Entre os álbuns de fotos antigos, imagens das crianças (que já nem crianças são mais), volto a alguns pensamentos. Sempre fui muito ligada a lembranças, a pessoas, a situações e recordações, e talvez isso tenha me custado mais da minha vida do que gostaria, mas também não posso me arrepender de nada. Vivi como pude, nas circunstâncias que tinha e de acordo com a sabedoria que possuía.
Por muito tempo, olhei para uma porta semiaberta, e, como naquela teoria do copo meio cheio ou meio vazio, eu me via pensando no momento em que ela se abriria completamente. Mas, ao mesmo tempo, estava só entreaberta, num espaço que não me cabia, que não me permitia atravessar e sair. Dizem que esperar sentado é mais fácil, mas, com a experiência que tenho, sei que permanecer passiva demais, aguardando que as coisas aconteçam, cobra um preço da minha saúde. E olhar tanto para uma única porta me fez acreditar que talvez não existissem outras opções, janelas, portões ou, simplesmente, frestas na parede. Bobagem.
Agora estou finalmente vivendo, explorando novas cidades, experimentando coisas inéditas. Dizem que estar apaixonada te faz querer viver, e talvez seja verdade... Mas, desta vez, também é sobre mim, sobre as fotos recentes que estou adicionando a um novo álbum, as histórias que estou escrevendo para contar aos meus netos algum dia e, também, sobre os momentos pelos quais quero me apegar no futuro próximo.
Depois de tanto tempo sentada, criei coragem para me levantar, segurar a maçaneta e... simplesmente sair. Não sei se estou fazendo tudo certo; aparentemente, estou vivendo de trás para frente, mas a liberdade de ser feliz depois de tanto tempo é algo de que realmente não quero abrir mão. Sempre pensei que amarelo fosse ligado à felicidade, mas, depois de ver o azul do céu, do mar e de um certo par de olhos, já não tenho tanta certeza assim... No fim das contas, só peço um pouco de sol depois de tanto tempo à sombra.
Posted 11/12/2024, 2:00 AM