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Em nova rota... Saí em direção a Rio de Janeiro

Eu caminho por esta estrada e, a cada passo, percebo mais claramente onde estou. Olho ao redor e vejo sinais das escolhas que fiz lá atrás, decisões que pareciam certas no momento, mas que agora me pesam. Não era para cá que eu queria vir. Mas aqui estou.

Reconhecer isso não é fácil. Dói admitir que, com toda a minha vontade de acertar, eu me enganei. Fiz escolhas que hoje não faria, me deixei levar por caminhos sem nexo, por crenças que já não fazem sentido.

O passado não muda, e eu não posso desfazer as decisões que me trouxeram até aqui. Mas posso escolher trilhar novos caminhos... ainda que estes não façam sentido para ninguém mais. E desta vez, escolho por mim.

O que eu não podia mais era seguir por um caminho que não me pertence. Se caminhar como estava fazendo até aqui não me faz bem, se apenas seguir fingindo que não peguei esse caminho me causa desconforto, por que insistir? O erro não está em mudar de rota, mas em permanecer em um lugar onde já não quero estar, apenas por orgulho ou medo de admitir que mudei. A vida é movimento, e eu não preciso ficar presa a uma versão antiga de mim mesma só porque um dia acreditei nela.

A maior verdade que descubro agora é que, se quero ser fiel a mim, preciso fazer por mim. Preciso me perguntar: o que eu quero hoje? O que me faz bem agora? E ter a coragem de responder com ações, não apenas palavras.

Hoje, escolho mudar a rota. Escolho ouvir a mim mesma, mesmo que isso signifique contrariar o que um dia achei certo. Escolho me dar a chance de construir um caminho que realmente me pertença.

Porque, no fim das contas, ser fiel a mim mesma é a única forma de não me perder de vez.