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🌸 Diário da He-Ran » SIM!

Eu achei que fosse chorar. Mas não chorei.

Nem quando vi as flores penduradas no altar, nem quando a música começou, nem quando o sol passou pelas folhas altas do jardim como se até ele quisesse assistir. Nem mesmo quando todos se viraram pra me olhar.

Mas quando os olhos dele encontraram os meus... meu peito deu um nó bonito. Não foi choro. Foi uma espécie de paz intensa. Como se o universo inteiro tivesse segurado a respiração só pra ver a gente acontecer.

O caminho até ele parecia curto e eterno ao mesmo tempo. Um passo, dois. Miya ajeitou meu véu com um tapa carinhoso. Hannah piscou pra mim como quem diz "vai lá, mete o pé na porta do amor". Mirai segurava o buquê como se fosse uma relíquia sagrada — e talvez fosse mesmo. Jade e Elena olhavam como mães emprestadas. Minha mãe... minha mãe sorriu como quem entende tudo, até o que eu ainda nem disse. E meu pai, bem, esse tava quase chorando de verdade.

E lá estava ele. O Man. O meu palhaço romântico, meu namorado acidental, meu noivo teimoso, meu futuro marido.

A juíza falou, mas eu não ouvi direito. Eu só conseguia prestar atenção na mão dele quando tocou a minha. Quente, firme, cheia de promessas que não precisavam ser ditas. A aliança deslizou com facilidade, como se o destino tivesse ensaiado aquilo mil vezes. E talvez tivesse mesmo.

Eu larguei um "SIM" antes mesmo dela terminar a pergunta. Porque é óbvio. Porque é claro. Porque sempre foi ele.

A gente se beijou. E foi como o primeiro, mas com o peso lindo de tudo que veio depois. Com todas as confissões, as risadas, as brigas bobas, os silêncios confortáveis, os sonhos divididos e as pizzas compartilhadas.

Foi ali, entre o verde das folhas e as luzes do Rio, que eu casei com o amor da minha vida.

E o mais engraçado? Ainda parece só o começo.