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Nas montanhas da loucura

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Infelizmente esse não é um conto Lovecraftano, na verdade, estou bem longe disso, mas posso dizer que decidir subir essas montanhas, me fez duvidar da minha sanidade mental.

Afinal, quem em sã consciência, sobre uma montagem congelada em Tromso, seguindo uma aparição mística?

Bem, eu sou essa pessoa, pelo jeito...

O dia mal tinha amanhecido, quando ouvi no rádio sobre o grupo de fiéis, que subiam todos os anos a montanha, em busca de iluminação divina.
Pensei por um tempo (seis minutos e meio), e então decidi que iria aderir ao movimento.

E assim foi!

Depois de passar pela estátua, me deparei com o pé da montanha, e o mais interessante, as pessoas que caminhavam rumo ao topo, no máximo levavam consigo uma mochila, nenhum equipamento, nada, apenas sua fé...
E assim eu também subi a montanha.



A cada metro acima do chão, sentia o vento gelado cortando meu rosto, como pequenas navalhas extremamente afiadas.

No topo, já não se era alucinação, mas uma bela dama, vestida de sol, tendo a lua embaixo dos pés, e na cabeça uma coroa, me estendeu a mão, me senti abençoado.
Foi nesse instante que perdi a consciência.

Quando acordei, estava de volta no templo.
Ainda me questiono se de fato subi a tal montanha, se vi a Musa, se realmente fui abençoado, ou se desmaiei lá embaixo, e tudo não passou de um sonho vívido...

Seja como for, hoje, eu me sinto abençoado pela musa do Punk 😉